A investigação tem por objeto possíveis irregularidades civis e criminais ocorridas na campanha eleitoral municipal de 2020, como a captação ilícita de sufrágio, o abuso de poder econômico, condutas vedadas a agentes públicos em período eleitoral, corrupção eleitoral (ativa e passiva), associação criminosa e transporte de eleitores no dia da votação. Foram apreendidos celulares, documentos, anotações e HD externo.
Segundo informações obtidas pelo MP, em investigação coordenada pelo promotor Eleitoral Vinícius Cassol, os investigados teriam prometido ou efetivado o pagamento de despesas, além do fornecimento de combustível e entrega de cestas básicas da Secretaria de Desenvolvimento Social, tudo com vinculação a candidatos de uma determinada coligação.
Até o momento, o promotor estima um aumento de aproximadamente 35% no número de cestas básicas fornecidas nos meses da campanha eleitoral, em comparação ao mês imediatamente anterior. Se a comparação for entre as médias dos primeiros seis meses da pandemia (de março a agosto de 2020) e dos três meses de campanha (setembro a novembro), o aumento ultrapassa os 40%.
Após a análise do material apreendido na Operação Espinhos, que contou com a colaboração do Sistema Integrado de Investigação Criminal (Siscrim), Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp) e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público verificará a necessidade de novas diligências ou tomará as medidas judiciais cabíveis, caso os elementos colhidos sejam suficientes para a análise conclusiva dos fatos.
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